Historia da Densitometria Óssea
Foi desenvolvida por John Cameron e James Sorenson em 1963. O primeiro densitômetro comercial da história foi desenvolvido na Universidade de Wisconsin – Madison USA em 1972, sob a tutela de Richard B. Mazess, Ph. D. fundador da Lunar Corporation. O aparelho chegou ao Brasil em 1989.
O que é?
É um exame de radiologia que mede, com rapidez e precisão, a densidade dos ossos. O resultado é comparado com padrões para idade e sexo.
É principalmente usada para diagnosticar quadros de osteopenia ou de osteoporose, doenças nas quais a densidade e a quantidade de minerais são baixas, e o risco de fraturas é alto. A osteopenia é uma afecção óssea na qual os ossos perdem estes minerais e têm menor densidade, o que os torna mais frágeis. Quando a perda óssea é grave, a afecção se chama osteoporose.
Além disso, a partir desse exame é possível indicar a probabilidade de fratura, possibilita a obtenção da curva de perda óssea através do tempo (quando a avaliação é feita periodicamente), e auxilia no tratamento médico.
É um exame inóquo, não invasivo, que utiliza uma fonte de RX de baixa radiação. A radiação recebida pelo paciente durante o exame é cerca de dez vezes menor que a que ocorre quando se faz um RX de coluna e cerca de cem vezes menor que uma Tomografia Computadorizada.
O exame consiste numa amostragem óssea nas duas regiões, examinando os dois tipos de estruturas ósseas (osso trabecular e osso cortical).
Quanto tempo leva o exame?
A duração é de aproximadamente 10 a 15 minutos
Quem deve fazer o exame?
O exame está indicado em mulheres em fase de pré-menopausa, menopausa, pós-menopausa, em regime de reposição com hormônios estrógenos e também nos indivíduos em uso de hormônios tireoidianos, corticosteróides (e.g. predinisona) para doenças como asma, artrite, lupus e quem tiver hiperparatireoidismo primário ou aqueles que possuem uma fratura recente em que suspeita-se de osteoporose. Os indivíduos que estiverem monitorando a eficácia do tratamento para osteoporose também devem sujeitar-se a esse exame.
ósseo, em doenças osteometabólicas, e ocasionalmente em regimes dietéticos para emagrecimento.
Nas crianças, está indicado quando há necessidade de acompanhamento do desenvolvimento
Que preparo é necessário?
Caso a paciente acredite estar grávida, ela deve notificar seu médico. A rotina diária antes deste teste não precisa ser mudada, seja em relação a alimentos, bebidas ou medicamentos ingeridos, exceto por medicamentos que contenham cálcio. Estes medicamentos devem ser evitados por 24 horas antes do exame de densitometria óssea.
O paciente não deverá ter se submetido a exame de Medicina Nuclear previamente (72 horas) e não deverá ter realizado exame radiológico com uso de contraste (aguardar pelo menos 5 dias).
No dia do teste, o paciente deverá comparecer com roupa sem metais (zíper, botões, broches, etc).
Como é feito o exame?
Atualmente, a técnica padrão para determinar a densidade óssea é chamada densitometria por DEXA (dual-energy X-ray absorptiometry), porém existem já técnicas mais modernas que diferenciam desta pela dose de radiação que o operador recebe.
O exame baseia-se na atenuação pelo corpo do paciente, de um feixe de radiação gerado por uma fonte de raios X com dois níveis de energia. Este feixe atravessa o indivíduo no sentido póstero-anterior e é captado por um detector. O programa calcula a densidade de cada amostra a partir da radiação que alcança o detector em cada pico de energia.
A densitometria por DEXA é simples e indolor, e leva poucos minutos para ser realizada. A maquina mede a densidade óssea detectando a extensão na qual os ossos absorvem fótons, que são gerados por níveis baixos de raios X (fótons são partículas atômicas sem carga).
As medidas da densidade mineral óssea são geralmente reportadas na concentração média de cálcio, nas áreas escaneadas pelo aparelho. A densidade óssea é mais comumente medida no quadril, do que na coluna ou punho.
A densitometria óssea da coluna também pode ser medida, observa-se, entretanto, que a densitometria óssea de coluna em idosos pode ser enganosa, pois pode apresentar valores maiores que os reais, devido à compressão das vértebras por alterações secundárias a quadros de artrite. Por isso, as medidas de densidade podem se apresentar como normais ou elevadas, mas os pacientes podem estar sob risco de fratura.
A osteoporose, por exemplo, é diagnosticada quando a densidade óssea cai ao ponto onde fraturas acontecerão com um leve estresse local e é determinada pela medida da densidade óssea e comparando o resultado com as referências.
Deve ser notado que índices baixos de densidade óssea não são muito específicos em determinar o risco de fraturas, sem se considerar outros fatores de risco para ocorrência de fraturas.
Existe algum cuidado após o exame?
De um modo geral, as atividades podem ser retomadas imediatamente. Os resultados do exame devem estar disponíveis para o médico assistente em um prazo curto, aproximadamente 24 horas.
Equipamentos
- Um software dedicado para processamento dos dados de absorção obtidos e que oriente a realização do exame passo-a-passo.
- Uma fonte emissora de RX
- Uma mesa onde o paciente é posicionado
* Não é necessário monitor pessoal – TLD (alguns serviços de radiologia exigem)
* Faltou energia na mesa, o obturador fecha
* Não “mexer” no equipamento quanto em operação
* Em equipamentos mais antigos (DEXA), não era comum o operador receber mais do que 25% da dose permitida por lei,
* Nos modernos, os níveis ainda são mais baixos
Conceito da Densitometria Óssea
O exame de Densitometria Óssea institui-se como um método eficiente, simples, rápido e não requer nenhum preparo especial e nem estar em jejum para se medir a densidade mineral óssea, e comparar com padrões para idade e sexo, além de detectar o grau da osteoporose, indicar a probabilidade de fraturas e auxiliar no tratamento médico. Um aliado indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose, osteopenia e de outras possíveis doenças que possam atingir os ossos e é o único método para um diagnóstico seguro da avaliação da massa óssea e conseqüente predição do índice de fratura óssea. Indicado para todos os indivíduos com mais de 65 anos.
Anatomia óssea
O osso
O osso é um tecido conectivo especializado que forma, juntamente com a cartilagem, o sistema esquelético. Esses tecidos cumprem três funções:
a) Mecânica;
b) Protetora, de órgãos vitais e medula óssea;
c) Metabólica, com reserva íons principalmente cálcio e fósforo, para a manutenção da homeostase sérica, essencial a vida.
Como em todos os tecidos conectivos, os componentes fundamentais do osso são células e a matriz extracelular. Esta ultima é particularmente abundante e esta constituída por fibras colágenas e proteínas não-colágenas. Diferentemente de outros tecidos conectivos, a matriz do osso, a cartilagem e os tecidos dentários têm a capacidade singular de calcificar-se. (*2)
Tipos de ossos planos e longos
Anatomicamente, podem-se distinguir dois tipos de ossos no esqueleto: planos (exemplos: crânio escapula mandíbula e esterno) e longos (tíbia, fêmur, úmero etc.). Esses dois tipos derivam de duas fontes diferentes durante o desenvolvimento, intramembranoso e endocondral, respectivamente, embora durante o crescimento e desenvolvimento de ossos longos intervenham ambos os processos. (*2)
O osso longo apresenta duas extremidades mais largas (as epífises), uma porção mais ou menos cilíndrica (o eixo médio ou diáfise) e uma zona de crescimento interposta (a metáfise). Em um osso longo em crescimento, as epífises e as metáfises, originadas em dois centros de ossificação independentes, estão separadas por um revestimento cartilaginoso epifisário (placa de crescimento).
Desse revestimento de células proliferativas e matriz cartilaginosa em expansão provem o crescimento longitudinal do osso que, ate o final do período de crescimento, calcifica-se por completo, sendo remodelado e substituído por osso.
A parte externa dos ossos é formada por um revestimento grosso e denso de tecido calcificado, a cortical (osso compacto), que, na diáfise, contém a cavidade medular, onde se aloja a medula óssea hematopoiética. Em direção á metáfise e a epífise, a cortical adelgaça-se progressivamente e o espaço interno é ocupado por uma rede de trabéculas calcificadas, finas, denominada osso esponjoso ou trabecular.
Os espaços limitados por essas finas trabéculas também contem medula óssea hematopoiética e estão em continuidade com a cavidade medular da diáfise. As superfícies ósseas das epífises que formam parte da articulação estão recobertas por uma camada de cartilagem articular que não se calcifica. (*2)
O osso apresenta duas superfícies ósseas em contato com os tecidos moles: uma externa (periosteal) e uma interna (endosteal). Ambas são revestidas de células osteogênicas organizadas em camadas, o periósteo e o endósteo.
O osso cortical e o trabecular são compostos pelas mesmas células e elementos da matriz, porem mostram diferenças estruturais e funcionais. (*2)
Células ósseas
Osteoclastos: São responsáveis pela degradação da matriz óssea.
Osteoblastos: São células construtoras que entram em ação após a destruição das células velhas pelos osteoclastos.
Osteócitos: São células que servem como uma rede viva de comunicação dos ossos onde as substâncias protéicas e minerais trafegam pelo seu interior. (
Protocolo sugerido
A avaliação é feita anualmente e as partes de interesse na obtenção das imagens para diagnóstico são o fêmur e a coluna vertebral.
O exame está indicado em mulheres em fase de pré-menopausa, menopausa, pós-menopausa, em regime de reposição com hormônios estrógenos, e também nos indivíduos em uso de hormônios tireoidianos, corticosteróides, e medicamentos anticonvulsivantes. A paciente deve notificar seu médico caso estiver grávida. E nas crianças, é indicado quando há necessidade de acompanhamento do desenvolvimento ósseo, em doenças osteometabólicas, e em regimes dietéticos para emagrecimento. O paciente não deverá ter se submetido a exame com uso de contraste (aguardar pelo menos 5 dias).
No dia do exame, o paciente deverá comparecer com roupa sem metais (zíper, botões, fivelas de metal, broches, etc). (*2, 4, 5 e 12)
Alguns fatores de risco são considerados justificativos para a avaliação, tais como: antecedente genético (caucasianos, orientais, mulheres de qualquer raça apresentam maior incidência de fraturas); riscos ambientais (baixa ingestão de cálcio, baixo peso, dietas de restrição calórica, alcoolismo, excessos de sódio e proteína animal, consumo de cigarro, sedentarismo, longos períodos de imobilização); doenças crônicas (hipertiroidismo, hipercortisolismo, insuficiência renal crônica, hepatopatias, doença pulmonar obstrutiva crônica, doenças de má absorção intestinal, hipercalciúria idiopática e artrite reumatóide) e o uso de drogas. (*2, 4, 5 e 12)
As recomendações para ajudar a tratar ou evitar a osteoporose são: dieta rica em cálcio (leite e seus derivados e verduras verdes); evitar carne vermelha, refrigerantes, sal, álcool, café e cigarro e praticar exercícios como andar, correr. (*2, 4, 5 e 12)
E a rotina diária não precisa ser alterada (a alimentos, bebidas ou medicamentos ingeridos), exceto por medicamentos que contenham cálcio, que deve ser evitados por 24 horas antes do exame de densitometria óssea e as atividades podem ser retomadas normalmente
Principais Patologias
Osteopenia: indica a diminuição da densidade mineral dos ossos, predecessora da osteoporose. Caracteriza-se osteopenia quando a massa óssea é menor que 10 a 25% da considerada normal, maior do que esse valor é considerada como osteoporose.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, a osteoporose é definida como doença caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da micro-arquitetura do tecido ósseo e as partes mais afetadas na osteoporose são: o colo do fêmur, coluna, a pelve e o punho.
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Fratura óssea: ocorre quando há perda da continuidade óssea, normalmente com separação de um osso em dois ou mais fragmentos após um traumatismo